sexta-feira, 6 de abril de 2012

Se ao menos o dia tivesse mais duas horas, só mais duas horas, chegavam para poder respirar, para namorar contigo. Só mais duas horas, cento e vinte minutos para te abraçar, encostar-me ao teu peito e descansar com o teu corpo colado ao meu, os teus cabelos a fazerem-me cócegas. Tínhamos tempo para ir ao cinema e para conversar, até podíamos fazer aqueles programas típicos de casais à procura do candeeiro certo para a mesa-de-cabeceira.
Eu tinha tempo para ti e, assim, já não sentia tão mal por ter-mos sempre os minutos contados, pelo tanto que refilas, das minhas ausências. O mundo é dos que vencem, dos que arriscam, dos que vão à frente, dos que sonham o impossível. E eu quero ter o meu papel no mundo, quero dar uma volta à minha vida, quero ter o que sempre sonhei.